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Palmas/TO - Brasil,  
 


Cirurgia do Diabetes




O diabetes do tipo 2 envolve um grupo de doenças metabólicas com etiologias diversas, caracterizado por hiperglicemia (aumento da glicose no sangue) que resulta de uma secreção deficiente de insulina pelas células β do pâncreas e aumento da resistência periférica à ação da insulina. O diabetes está associada com  o dano de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e artérias.

O DM representa a epidemia não infecciosa mais importante da atualidade, constitui-se em um dos mais sérios problemas de saúde, tanto em termos de número de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade precoce, como dos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas complicações. Ainda pior é o fato dos pacientes serem atingidos na faixa etária adulta, a idade mais produtiva de suas vidas.

Com a disseminação da cirurgia bariátrica observou-se que pacientes diabéticos, logo após a cirurgia, apresentavam melhora importante e resolução da hiperglicemia (aumento da glicose no sangue).
Para explicar a melhora do DM2 após a cirurgia bariátrica as duas primeiras hipóteses aventadas foram de que a redução da glicemia estaria relacionada a perda de peso e a dieta restrita dos pacientes após a cirurgia. Este raciocínio logo caiu em descrédito com os trabalhos de Rubino e Scopinaro demonstrando que a melhora do diabetes costuma ocorrer logo na primeira semana após a cirurgia.

Este dado sugere que a alteração anatômica e funcional (desvio intestinal) provocadas pela cirurgia são os fatores que mais contribuem para a melhora e na maior parte dos casos, normalização da glicose sanguínea.
O italiano Rubino é o principal pesquisador sobre as cirurgias do diabetes e propôs uma cirurgia onde é realizado um desvio intestinal.



Cirurgia de Rubino.

Existem poucos estudos sobre a cirurgia de Rubino, porém com bons resultados.

As cirurgias com melhora do diabetes em pacientes com IMC acima de 35 kg/m2 (obesos) são as cirurgias disabsortivas (Scopinaro e Duodenal Switch) e o Bypass Gástrico (Capella).

O grande ponto de estudo hoje é achar a cirurgia ideal em pacientes com IMC abaixo de 35 kg/m2.

Talvez em pouco tempo, poderemos dizer que a afirmação da VEJA “Cura do Diabetes – A esperança está numa cirurgia” é verdadeira.