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Palmas/TO - Brasil,  
 


Síndrome do Intestino Irritável

Muitas pessoas apresentam sintomas digestivos durante muitos anos, realizando diversos exames como endoscopia digestiva alta, colonoscopia e ecografia abdominal, sem nada encontrar.
A Síndrome do Intestino Irritável é representada por sintomas clínicos crônicos e recorrentes, que se manifestam por pelo menos três meses no total, no decorrer dos últimos 12 meses, não havendo alterações nos exames de sangue, fezes ou de imagem. Caracteristicamente, o paciente pode apresentar desconforto ou dor principalmente na região abdominal baixa, podendo apresentar melhora após a evacuação ou eliminação de gases.
Geralmente está associada à alteração na forma das fezes, bem como na freqüência da evacuação, sendo em alguns casos com períodos de diarréia e em outros com constipação. Grande parte dos pacientes apresenta flatulência (excesso de gases), distensão abdominal (“inchaço”), presença de muco nas fezes e sensação de evacuação incompleta. A maioria dos pacientes é do sexo feminino, com início dos sintomas na adolescência ou adultos jovens.
Existem mecanismos bem documentados que explicam esta síndrome, como alterações na movimentação dos intestinos, com contrações e relaxamentos exagerados, bem como aumento na sensibilidade visceral (tolerância menor à dor nos intestinos). Também fatores psicossociais podem ter grande influência no desenvolvimento destes sintomas, provenientes de experiências traumáticas acumuladas ao longo da vida, como problemas na infância, mortes na família, separações, problemas financeiros e outros. Muitas pessoas apresentam ansiedade, stress patológico ou depressão associados.
O tratamento consiste primeiramente em entender o que está acontecendo, compreender que esta condição é benigna e não evolui para condições mais graves. Procurar ter atividades que proporcionem prazer como exercícios físicos e de lazer, bem como trabalhar com satisfação. Muitas vezes o tratamento de distúrbios emocionais associados é recomendado. Em relação à alimentação, recomenda-se dieta rica em fibras como frutas, cereais e água, principalmente nos casos de constipação associada. Evitar alimentos que possam causar muita flatulência como repolho, feijão, couve-flor e cebola crua, assim como refrigerantes e bebidas alcoólicas.
Por fim, em determinados pacientes, está indicado o uso de medicamentos que atuem diretamente nos intestinos, harmonizando a sua motilidade e diminuindo a sensibilidade dos mesmos, o qual apenas o seu médico poderá lhe recomendar.